sábado, setembro 7

9 anos

       Nove anos de blog, nove.

     Se eu quisesse explicar tudo o que se passou em nove anos, tudo pelo que passei e quem sou hoje, não conseguiria. Nunca.

     Mas também não quero. Quero apenas voltar (ou continuar?) a escrever neste blog que, apesar de nove anos passados, ainda sinto tão meu. Estranho, depois de tanto tempo? Talvez. Mas é verdade... li todas as publicações (também não são muitas, diga-se de passagem) recentemente e senti uma nostalgia tão boa, uma saudade tão grande de determinadas fases... como se quisesse vivê-las novamente.  Como se quisesse recuar no tempo. Talvez porque, em muito, continuo a sentir-me a mesma pessoa. A minha essência não mudou, é a mesma.

     Obviamente que acabarei por falar de determinadas coisas que se passaram entretanto... farei referências, recordarei momentos... também somos feitos do passado e eu sei que vou sentir essa necessidade. Mas é essencialmente em mim, no presente e no futuro, que me quero focar. 

     O passado traz-me muitos ensinamentos. Hoje sigo mais confiante de quem sou do que nunca. Não sigo mais feliz do que já fui, não. Mas sigo mais em paz do que alguma vez já estive. E se hoje sei uma coisa que há nove anos não sabia, é que, para mim, a base da felicidade é a paz. Se eu conseguir dizer que estou em paz então, estou bem.

     Durante muito tempo acho que me esqueci de que tinha o blog. Nunca, em momento algum, contei a ninguém que o tinha. Ninguém. Mas quando me lembrava dele... sentia saudades desses tempos. De há uns meses para cá comecei a lembrar-me mais vezes dele e a sentir vontade de voltar. De voltar para escrever. Talvez porque, ao longo destes dez anos, sinto que me fui, de alguma forma, perdendo de mim... de uma C. que existia na altura e que recordo como o melhor de mim. A vida faz-nos muitas rasteiras e é inevitável irmos mudando... mas, também podemos sempre recuperar parte de nós que se foi perdendo no tempo, se assim sentirmos necessidade. E eu sinto.

     Não faço promessas porque sei como a vida é incerta mas, torço para que não me volte a ausentar durante tanto tempo. Este cantinho fazia-me bem na altura e espero que o faça também agora. 

     Não será igual, não. Mas gostava que, de alguma forma, pudesse ser parecido. Assim espero...



(texto confuso mas profundo e muito sincero, de quem escreveu à pressão para conseguir publicar antes da meia-noite)

*, Lauz

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